A Câmara Municipal de Vila de Rei ficou recentemente a saber que, no âmbito da discussão pública da Rede de Referenciação Hospitalar em Obstetrícia, Ginecologia e Neonatologia, o Município de Vila de Rei não iria integrar a área de abrangência do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) naquelas especialidades, ou seja, que as grávidas do concelho vilarregense seriam encaminhadas para outro hospital.
Tal facto gerou alguma insatisfação e preocupação e, tendo em conta que o assunto está em discussão pública, a câmara expôs a sua posição contra, esperando agora que a mesma seja atendida, explicou à Rádio Condestável o presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei, Ricardo Aires:
Caso este contraditório não seja suficiente, o autarca promete outras formas de luta, nomeadamente envolvendo a população. Sendo a outra unidade de referência a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, as grávidas seriam, ao que tudo indica, encaminhadas para aí, para um hospital a quase 90 quilómetros, quando neste momento Abrantes (para onde sempre foram encaminhadas) está a 24 quilómetros. Este é o foco principal da posição vilarregense, recordou o autarca:
Há dois meses e meio a câmara pediu uma audiência com o Ministro da Saúde sobre outras questões mas a mesma ainda não aconteceu. Face à atual situação, a autarquia reiterou o pedido diretamente ao Ministro Manuel Pizarro que, logo nessa conversa, “disse para ficarmos descansados”, parafraseou Ricardo Aires:
Sobre a referida audiência, a preocupação é a futura falta de médicos no concelho. Daqui a um ano os médicos em exercício no centro de saúde reformam-se e o concelho fica sem profissionais de saúde, confirmou o autarca:
A câmara de Vila de Rei está, assim, a fazer um planeamento para que daqui a um ano a falta desses profissionais não seja uma realidade no concelho.
Ainda sobre o estudo que está a ser feito e que coloca Vila de Rei fora da área de abrangência do CHMT, o edil reforçou que, a verificar-se, colocará em risco a saúde das grávidas e dos bebés, sendo que nesta luta o concelho conta com o apoio da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, garantiu ainda Ricardo Aires.
