
O Laboratório Colaborativo para a Gestão Integrada da Floresta e do Fogo (Forestwise) está a desenvolver o Projeto Integrado RN21 – Inovação na Fileira da Resina Natural para Reforço da Bioeconomia Nacional.
Um dos pilares deste projeto esteve a realizar trabalho de campo na Isna de Oleiros onde foi resinado um conjunto de pinheiros. Agora serão analisados diversos parâmetros, como explicou à Rádio Condestável a professora Maria Emília Silva, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, responsável por este trabalho:
O que vai ser feito a partir de agora nesta parcela de terreno, será como que um laboratório ao vivo, referiu ainda esta investigadora:
Esta atividade é altamente lucrativa embora pesada, deu conta António Silva, homem que foi resineiro durante muitos anos.
Marco Ribeiro, da Resipinus - Associação de Exploradores de Resina, explicou que este projeto, entre outras vertentes, pretende trazer conhecimento para este setor, tornando-o mais atrativo em matéria de exploração e rentabilidade, já que tudo o que hoje é produzido é absorvido pela indústria:
Com todo este trabalho é também preciso desmistificar alguns mitos urbanos, como seja o facto de a resinagem tirar propriedades à madeira, explicou ainda a professora Maria Emília Silva, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro:
Este banco de ensaio está a decorrer no concelho de Oleiros, um concelho com forte tradição neste setor. O vice-presidente da câmara local, Miguel Marques, confessa que gostaria de voltar a vê-lo ser explorado:
De referir que este projeto assenta em três grandes princípios orientadores, nomeadamente o de abranger toda a cadeia de valor da Resina Natural (RN), desde a floresta até ao consumidor final, com enfoque especial nos mercados e nos novos produtos; responder às principais necessidades e oportunidades concretas, identificadas pelos agentes do setor e contribuir para os objetivos do PRR, em concreto no que refere à Bioeconomia Sustentável.