A Estrutura de Missão do BUPI, Balcão Único do Prémio, realizou ontem, dia 13 de abril, uma sessão técnica em Figueiró dos Vinhos para esclarecer dúvidas dos técnicos que estão diretamente a trabalhar na identificação das propriedades rústicas.
Carla Mendonça, Coordenadora desta Estrutura de Missão explicou à Rádio Condestável que o processo continua a decorrer a bom ritmo nos 144 dos 153 dos municípios que não dispõem de Cadastro Predial:

Neste momento já se consegue perceber que no futuro irá haver muitos prémios sem dono. Também aqui está a ser adaptada a legislação:

Ao mesmo tempo que se está a fazer a identificação do território nestas áreas, estão também a avançar as Áreas Integradas de Gestão da Paisagem (AIGP). São estes instrumentos que, no futuro, tornarão a floresta mais resiliente e rentável, mas para tal é necessário que este processo de identificação seja feito:

Esta ação teve lugar em Figueiró dos Vinhos, concelho que fez parte do projeto piloto criado depois dos grandes incêndios de 2017. Nota-se nesta altura algum desinteresse por parte dos proprietários em se deslocarem ao BUPI para registarem as suas propriedades. Jorge Abreu, presidente da autarquia local, deu o exemplo de uma AIGP onde, na última semana, foram envidas mais 500 cartas aos proprietários a solicitar que efetuem o registo:

No geral, e comparando os dados dos primeiros três meses deste ano com o período homólogo do ano passado, verifica-se que este ano foram feitos 280 mil processos de Representação Gráfica Georreferenciada (RGG) e em 2022 foram feitos 113 mil, mais 167 mil. Por outro lado verifica-se que só neste primeiro trimestre foram realizados mais processos que nos últimos cinco anos.
No terreno estão a trabalhar mais de 500 técnicos, nos 144 dos 153 dos municípios que não dispõem de Cadastro Predial.