
Como todas as histórias, esta poderia começar com “Era uma vez…” um jovem que sempre quis ajudar a desenvolver a sua terra. Bruno Gomes tem 37 anos e é essa pessoa. Envolvido desde cedo no movimento associativo, viu o povo da sua terra passar-lhe um voto de confiança no passado dia 26 de setembro, dia em que venceu as eleições legislativas. Agora pode realizar o seu sonho e tornar o seu concelho mais forte e desenvolvido, para onde possa olhar com mais orgulho.
Foi entre duas reuniões de trabalho que Bruno Gomes, atual presidente de Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere recebeu a Rádio Condestável num gabinete onde abundam dossiers para estudar e documentos para despachar.
O trabalho de preparação desta candidatura durou alguns anos. A estrutura local do PS sabia que Bruno Gomes seria o homem certo no lugar certo. Nesta sua primeira entrevista pública, ao mesmo tempo que recua no tempo, o autarca deixa alguns desejos futuros, principalmente no sentido de melhorar o dia-a-dia das pessoas do seu concelho.
Transcrevemos de seguida um pequeno excerto de uma entrevista mais longa que está disponível em Podcast. Para escutar clique AQUI.
Rádio Condestável (RC): Bruno Gomes ter chegado a este lugar é o culminar de um sonho?
Bruno Gomes (BG): Exatamente. Quando eu tinha 17 anos liderava a JS e entendia que gostava de dar o meu contributo para poder alavancar o meu concelho no que toca ao seu desenvolvimento. Foi sempre um sonho chegar aqui a este momento e trabalhei muito para conseguir cá chegar.
RC: E assim escreve o seu nome na história do concelho! (Ao fim de 47 anos de democracia foi a primeira vez que o PS ganha a câmara)
BG: Sim, eu continuo a achar que nas nossas vidas aquilo que mais gozo dá é o caminho até chegarmos aos nossos objetivos mas, como é lógico, depois de cá estarmos ficamos com uma noção mais real de que, de facto, vamos ficar na história. Eu espero que seja pelos melhores motivos.
RC: E agora que cá está, como é que se está a sentir?
BG: Acima de tudo realizado e muito feliz por poder ser um agente de mudança no concelho. Gosto muito de tratar da gestão diária da câmara mas gosto acima de tudo de pensar o futuro do concelho.
RC: Estando neste lugar tem uma maior perceção de que as pessoas queriam mudança?
BG: Eu sempre fui dando conta de que este concelho poderia ser muito mais. Acho que houve aqui uma conjugação de coisas que foram acontecendo que deram origem a este resultado. De facto as pessoas quiseram uma mudança mas também é um facto que as pessoas confiaram muito no Partido Socialista, na minha equipa e em mim. Agora eu fui sempre tendo um caminho que considero muito positivo e muito bem alicerçado. O próprio partido e as pessoas que estão no PS souberam fazer um caminho que é muito digno e que também mostrou aos ferreirenses que éramos uma alternativa para esta mudança de ciclo.
RC: Como é que as pessoas estão a olhar para esta mudança?
BG: As pessoas esperam muito de nós, deixam-me um bocadinho apreensivo até, nas conversas que vou tendo. Por mais que eu queira não o dizer, assumo que esta candidatura foi muito centralizada em mim, mais do que eu esperava até. Tenho muita pena de não começar já a sair para a rua, como sempre disse e como vou fazer, com toda a certeza, mas o trabalho diário na câmara neste momento não o permite ainda e toda a organização que eu quero internamente fazer no município, não permite ter essa disponibilidade.
RC: Depois de ter a organização administrativa feita, por onde é que irá começar a trabalhar?
BG: Desde logo por contactar com as pessoas, o que espero que aconteça sempre que eles precisem e sintam necessidade de ver os seus problemas resolvidos. Vamos ter um Plano Estratégico de Desenvolvimento para Ferreira do Zêzere, vamos ter um Plano Estratégico focado só no turismo. Vamos mudar a imagem do município, vamos ter um Dia do Município, por exemplo, onde sejam condecorados os nossos bons ferreirenses, etc. Há tanto para fazer que este trabalho até janeiro é o de planear e o de dar avanço a todas as burocracias que são necessárias para que tudo isto aconteça depois.RC: Concretamente, a partir de janeiro, onde vai começar a trabalhar?
BG: Nós temos um conjunto de potencialidades que têm de ser rapidamente atacadas, desde logo o setor do turismo. Nós para o ano temos de ter uma época balnear que dê mais às pessoas. No que toca a Dornes ter melhores condições, por exemplo, ao nível de sanitários. Ali têm de acontecer pequenas intervenções mas importantes. Vamos ter que fazer algumas alterações na Castanheira. Temos de ter já a zona balnear da Bairrada, Bairradinha a funcionar para, com estas alterações, poder fomentar uma maior e melhor ligação das pessoas ao rio.
A partir de janeiro, assim a pandemia o permita, queremos ter um conjunto de atividades de dimensão média/grande para podermos promover também o comércio local, a restauração e o alojamento. Tem sido aquilo que nos tem faltado para atrair mais gente a este território.